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A epidemia dos Condomínio-Clube

Por Arq. Me. Iberê Moreira Campos e equipe

Se você tem acompanhado os anúncios de lançamentos no mercado imobiliário já deve ter atentado ao grande número de conjuntos de prédios ou mesmo de residências que oferecem “uma ampla área de lazer”. Estes conjuntos são denominados clubes residenciais, ou condomínios – clube. A idéia é que o morador fique dentro de um mesmo espaço onde encontre os serviços básicos do dia-a-dia como mercado, correio, academia, esportes e áreas de convívio social.

Entre as razões para esta tendência estão o aumento da violência, a maior participação da mulher no mercado de trabalho que, consequentemente, não tem com quem deixar os filhos, o maior número de idosos e a elevação das taxas condominiais.

Um condomínio-clube é caracterizado por ser um empreendimento com grandes áreas de lazer, que aproveitam a disponibilidade de terrenos com áreas usualmente superiores a 8 1.000 m². O equipamento comum funciona como se fosse uma extensão do espaço privativo que, normalmente, tem áreas menores. Para compensar o espaço interno reduzido, o marketing das construtoras reforça que a despesa de condomínio fica menor que a mensalidade de um clube ou o salário de uma babá.

Como resultado físico, em geral são condomínios com três ou mais torres com diversas opções de entretenimento e lazer, com taxas menores de condomínio em função do rateio entre um maior número de unidades, tudo isso aliado a um sistema de segurança mais eficaz do que aquela oferecida pelo poder público.

Essas modalidades estão surgindo em maior freqüência nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, Colhemos ao acaso informações de alguns, só para ilustrar este artigo:

Caso 1 – Provavelmente como resultado da taxa de ocupação imposta pela prefeitura, 80% da área de um terreno com 35 mil m2. é destinada à área de lazer compreendendo centro de estética, sala de ginástica e mini cinema. São 420 apartamentos distribuídos em sete edifíci os.

Caso 2 -- Num terreno de 11.000 m² foram edificadas duas torres com 300 apartamentos. Entre as opções de lazer estão, existe spa, salões de festa, espaço gourmet e mini-quadra gramada.

Caso 3 – 288 unidades com duas opções de planta, quatro ou três dormitórios e área entre 125 m² e 150 m². 80% do terreno de 14.000m² fica dedicado à infra-estrutura de lazer, esportes e entretenimentos. Contando com piscina olímpica (50 metros de comprimento), salão de beleza, atelier de artes, cinema e lan house além das tradicionais opções como sala de ginástica, quadras e pista de cooper.

Caso 4 – Segundo a incorporadora, “um novo conceito foi desenvolvido para um terreno de 10.000m². São 348 apartamentos em edifícios com portarias exclusivas, uma vez que o projeto foi desenvolvido como sendo um mini bairro. Além das tradicionais inovações de lazer, o conjunto tem o diferencial de um jardim suspenso.

Caso 5 – Usando uma área menor, são 6.200 m² de terreno que abriga duas torres com 276 unidades no total. A proposta do projeto é proporcionar uma vida mais saudável aos moradores, com prática de esportes. Tem piscina olímpica, deck molhado, fitness com sauna, deck para ioga com fonte, cascata, mini-campo esportivo, jardins e trilhas para caminhadas.

Claro que é opção de cada um, ter um apartamento menor e mais área em comum, morar em um apartamento tradicional que é justamente o inverso. Além das possíveis vantagens para os adquirentes, do ponto de vista urbanístico o que tem se verificado é a descoberta ou revitalização de locais que não figuravam na preferência da classe média. Isto ocorre justamente em áreas que vinham sofrendo degradação urbana e que em geral eram áreas industriais, em função justamente dos espaços disponíveis para este tipo de empreendimento. Em São Paulo, temos por exemplo os bairros da Moóca, Pari, Belém e Tatuapé, na Zona Leste, que estão ficando infestados de Condominios-Clube.

Publicado em 29/11/2006 às 15:07 hs, atualizado em 28/06/2016 às 17:41 hs


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